terça-feira, 4 de agosto de 2009

Do Ritual do Grau de Mestre do Átrio na Ordem Templária de Portugal

("E assim vêdes, meu irmão...")

Arre! Eu e minhas verdades de neófito..
Vejam, Senhores, que cá estou eu novamente para repetitivamente tratar de lamentações - e ações. Ora, mas como haveria de ser? Com a alegria lanço-me à noite, ao ópio contemporânio, às imbecilidades mais sutis de quem acorda com doses exorbitantes de endorfina - o que é ótimo e nada imbecil, mas preferi dizer assim (Não! Nenhuma menção ao meu amigo da távola labiríntica deste escritório). Ocorre que meu sentimento típico é outro e é quando ele brota que cá despenco - Se escrevo é poque preciso.
No mais, nenhuma novidade. Tenho pensado sobre o quanto tudo retorna - sempre e tanto. E eu em meu paradoxo eterno e bipartido entre a poesia e a gravata. Ah, Senhores, não me venham pois falar em compatibilidades! Forma se diferencia de fôrma - bem sei. Mas ocorre que o exercício crônico e eivado de ponto expediente nada se assemelha com exercício libertário de quem respira pulsação e substância (de novo, o polvilho - e aqui peço licença para fazer menção à única junção perfeita entre gravata e Substância; mas a gravata era borboleta, do meu amigo contador de Estórias).
Vá lá, a inspiração pode brotar do cotidiano forense, às vezes. Contudo, sempre sobrecarregada de tédio. Não, não.. não abrirei mão desta sina - "mi piace", entendas. Cada um com suas idiossincrasias - e asias. E eu me deleito entre as causas e códigos, particularmente sinto falta de exercitar um certo "raciocínio jurídico". Mas a causa maior é a vida, para a qual não há tribuna. Perde-mo-nos entre tribunais de excessão que nos são interpostos frequentemente; e cada um que justifique este fato com suas próprias crenças - minha fé é fé menina, mal sei. A verdade ou inverdade das coisas reside no fato de que pra quase tudo existe uma boa metáfora; aquém ou além de doses exortadíssimas de intertextualidade. O sub-título da narrativa tem continuação e um fim nada pontual, segundo o qual "são, ainda que opostas, a mesma verdade".
Eu e minhas verdades de Neófito...
Permanecerei, pois, imersa ainda nelas, Senhores, "S'il ma plait"!
E agora deixe-me retornar à gravata: depois destes breves minutos de poesia de meu café au lait.